muito
nesse corpo magro
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxredoma branca
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxde pelugens
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxe extremidades castanhas
xxxxxxxxxxxxxsou eu
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxoutros
xxxxxxxxxxxninguém
xxxxxxxsilêncio
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxacaso
o errado
enfim
não existe razão
para os átomos do mundo
e seus variantes
derivados
compostos
engravatados
desolados
mesmo assim
os números os têm
do mesmo modo
não existe linguagem
para o meu céu de fogo
mas a poesia
o têm
esse
xxxxxdeve ser errado
xxxxxde difícil procura e tradução
fácil em mim
são cores e formas indecentes
que num golpe
de silêncio
o sol se esconde
e chove canfora
pra uma noite insana
lá
nada é errado
nada é certo
nada é mistério
tudo é bem vindo
a mentira é uma fábula
a verdade
uma dança estranha
sem ensaio
a maldade é piada
quase um fetiche
a bondade mais ainda
pra cada ser
uma breve função lógica
dispensável
mas agradável
daí
xxxxxxxxxxxxxxo arroz e feijão
xxxxxxxxxxxxxxo corte de cabelo
xxxxxxxxxxxxxxa cura dos enfermos
xxxxxxxxxxxxxxe os marceneiros
outros
manipulam a pedra e a tinta
cospem metáforas para um bom dia
chamam os sonhos
sopram o mar
e andam pelados
são insubstituíveis
o sangue
o cheiro e o grotesco
está presente
nos alimentos
nos acasalamentos
na magia
no amor
por dentro e por fora de nós
e
no meu céu
todos gostam disso
homens e mulheres
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxum vinho
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxoutro taça
e disso
se bebe muito
mas do anel da garrafa
se bebe muito vinho também
enquanto isso
as taças dançam
num culto surreal
de alegria
o desapego
próprio do céu
todo dia é noite
e noite dia
de tudo e nada
até um outro céu
nesse corpo magro
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxredoma branca
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxde pelugens
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxe extremidades castanhas
xxxxxxxxxxxxxsou eu
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxoutros
xxxxxxxxxxxninguém
xxxxxxxsilêncio
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxacaso
o errado
enfim
não existe razão
para os átomos do mundo
e seus variantes
derivados
compostos
engravatados
desolados
mesmo assim
os números os têm
do mesmo modo
não existe linguagem
para o meu céu de fogo
mas a poesia
o têm
esse
xxxxxdeve ser errado
xxxxxde difícil procura e tradução
fácil em mim
são cores e formas indecentes
que num golpe
de silêncio
o sol se esconde
e chove canfora
pra uma noite insana
lá
nada é errado
nada é certo
nada é mistério
tudo é bem vindo
a mentira é uma fábula
a verdade
uma dança estranha
sem ensaio
a maldade é piada
quase um fetiche
a bondade mais ainda
pra cada ser
uma breve função lógica
dispensável
mas agradável
daí
xxxxxxxxxxxxxxo arroz e feijão
xxxxxxxxxxxxxxo corte de cabelo
xxxxxxxxxxxxxxa cura dos enfermos
xxxxxxxxxxxxxxe os marceneiros
outros
manipulam a pedra e a tinta
cospem metáforas para um bom dia
chamam os sonhos
sopram o mar
e andam pelados
são insubstituíveis
o sangue
o cheiro e o grotesco
está presente
nos alimentos
nos acasalamentos
na magia
no amor
por dentro e por fora de nós
e
no meu céu
todos gostam disso
homens e mulheres
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxum vinho
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxoutro taça
e disso
se bebe muito
mas do anel da garrafa
se bebe muito vinho também
enquanto isso
as taças dançam
num culto surreal
de alegria
o desapego
próprio do céu
todo dia é noite
e noite dia
de tudo e nada
até um outro céu